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Um pouco de mim.

Isis Cardoso terça-feira, 24 de agosto de 2010
Eu tenho escrito há quase dois anos [sim, esse blog faz dois anos em Dezembro ] e falo mais das coisas que eu penso e/ou faço do que o que eu realmente sou. E, por isso, eu queria esclarecer um pouco mais sobre a pessoa que escreve a vocês.

Olá a todos, meu nome é Isis da Silva Cardoso Ramos.O SCR do nome do blog é abreviação desses três sobrenomes, mas por gentileza me chame de Isis Cardoso, pois Silva me lembra o Presidente [eu não posso falar o nome dele por causa das eleições, o TRE tá aí caçando treta, e eu que não vou dar mole. o meu post de eleições eu já fiz AQUI NESSE HYPERLINK QUE VOCÊ TEM QUE CLICAR PRA LER!], e Ramos me lembra o meu ausente pai, que acrescenta tanto na minha vida quanto um ácaro... Vamos então, do início, onde e quando eu nasci.

Nasci em três de maio de mil novecentos e noventa e três, em algum canto do Rio de Janeiro. Na verdade, num hospital bem legal, não sou cria de sarjeta, apesar de não ser criança amamentada com leite em pó. Sim, sou carioca, desde o dia em que nasci. Tenho vergonha de dizer Fluminense [esse é o nome de verdade de quem mora no Rio, procurem no Google!], porque já fui torcedora do tricolor elitista, mas desde meus oito anos de idade eu me orgulho em ser rubronegra, apesar de às vezes meu glorioso Clube de Regatas do Flamengo só me fazer passar vergonha com meus amiguinhos.

Moro com minha mãe e meu irmão [meus pais são separados desde meus quatro anos, mas não me faria a mínima diferença de separados ou se eu fosse órfã de pai, abafa], mas no meu quintal ainda tem a casa da amiga da minha mãe e a casa da minha tia, ou seja, sabe aquele ' me deixa em paz ' que você solta em casa com duas pessoas no total na sua casa? Pois é, eu penso essa frase com muito mais frequência que você, migs... isso quando eu não decido fazer cara de paisagem e ignorar qualquer frase proferida a mim acima de 75 decibéis. Nunca mudei de endereço, mas já mudei de casa quando tinha uns sete ou oito anos, no dia que eu ganhei um VCR novo - sim, faz bastante tempo.

Tive uma infância típica de criança de quintal, especialmente por ser a caçula da casa. Fui criada pela minha avó até os três anos, quase quatro, quando ela faleceu de câncer de pulmão por causa dos malditos cigarros, odeio cigarros até hoje por isso. Meus melhores amigos por muito tempo foram o Super Nintendo e o computador, que me ensinou coisas importantes, como lidar com pessoas estranhas, não acreditar em tudo o que te mandam e , principalmente não confiar em ninguém com um nick que tenha GATO, GOSTOSO, DELÍCIA, 18, SOLITÁRIO, CARENTE, CAM nem nada do tipo no Bate Papo da Uol ou no ICQ - avôzinho do Windows Live [sim, cresci no Bate Papo UOL e no ICQ aos sábados após as 15:00 na internet discada, penando toda vida sempre que caía] .

Minha puberdade que não foi lá grande coisa. É... é um período da minha vida que eu preferiria pular, se não fosse pelas amizades maravilhosas que eu consegui e tenho até hoje, como a Karime Hanna, do Keymoon, e a Isis Oliveira, do Rímel [mais uma vez eu falando do Rímel, sim, e daê?]. Bullying não é uma coisa legal, e por mais que ressaltar os defeitos dos outros façam a gente se sentir melhor, isso é uma das atitudes mais repulsivas que existem, principalmente quando você mal conhece a pessoa e quer rotulá-la pelo que ela aparenta ser pra você. Não é N A D A digno, meu bem; fica a dica.

Beleza nunca foi um dos meus maiores atributos. Eu era o pato feio da escola na puberdade, não sabia me arrumar, e a vontade de todas as pessoas quererem mudar tudo em mim me revoltava demais, tanto na escola quanto em casa. Eu queria demais descobrir o meu ' eu ' , mas em lugar disso, descobri em três anos o que eu não queria ser: uma E S C Ó R I A . Ninguém queria saber como era minha personalidade, uma vez que eu não me vestia bem, era uma pessoa muito determinada pra mudar com os padrões preestabelecidos, apesar de ser uma inexperiente.

INEXPERIENTE. Daí a origem do 'nome' que me assobrou, que me fez chorar, que me fez querer morrer várias vezes em uma só semana, que fez eu achar que era o pior ser humano da face da terra: BISONHA.

Até hoje essa palavra me dá arrepios nada bons e vontade de chorar. Bisonha era um nome comumente repetido com o adjetivo RETARDADA, que é o feminino de RETARDADO [óbvio isso], que significa 'com atraso' . Inexperiente, e com atraso. De fato, inexperiente eu era, sim. Até hoje sou, e prefiro ser inexperiente do que ter experiências que me traumatizarão pelo resto da minha vida. Mas não tenho atraso nenhum.

Fui crescendo, e assim que terminei a oitava série e saí daquela espelunca, com direito a formatura, e isso quer dizer se arrumar e ficar diva e gostosa, fazendo todos aqueles boçais pagarem por suas malditas línguas e verem quem tem atraso na história.

Não, eu ainda não me acho bonita. Meninas [as migs], meninos e meninës [interpretem como quiserem, os dois tipos de meninës estão inclusos] me acham bonita, me elogiam...os meninës me olham com desdém [coisa de bee, né...] e as meninës me assustam [boto elas pra correr HAHAHA' - na educação, claro]. Não banco de sex symbol porque Deus foi bom comigo de me dar predisposição genética a ter um corpo bonito e acnes a nivel de ser humano [nem cacto nem pele de bebê], na verdade acho que tem um mundo de gente mais bonita do que eu, mas sou feliz quando as pessoas querem me fazer bem dizendo que eu sou linds e tal... É muito digno ter pessoas que me ajudam na vida.

A minha adolescência está sendo um período bom na minha vida, apesar de tudo ser muito confuso: uma hora me tratam de 'garota' , outra, me tratam de 'você já é quase adulta, se vira' . Tenho aprendido coisas muito boas neste período, se você leu meus posts de dezembro, tanto do ano retrasado quanto os do ano passado, dá pra perceber que eu acredito que nada do que acontece na minha vida pacata de garota de classe média é por acaso.

Não bebo, não fumo, não injeto e não faço outras coisas também, tudo isso por opção... Mas sou viciada em música. Viciada mesmo; se eu passar um dia sem ouvir música eu começo a fazer barulhos, cantar, assobiar, bater nas pernas, e até mesmo fazer barulhos bizarros com a boca, tipo uma crise de abstinência daquelas bem brabas, MESMO. Ouço quase tudo o que é tolerável; em casos extremos, até sertanejo universitário e pagode eu ouço.

CASOS EXTREMOS, EU DISSE.

Odeio funk, apesar de ser uma das partes do Rio de Janeiro clichê da tv: PRAIA, SAMBA, FUNK &MULHERES GOSTOSAS.

Não sei sambar, nem dançar funk [ou seja, não sei rebolar, meus quadris não mentem quanto a isso], nem forró. Pareço ter dois pés esquerdos quando se trata de dança, mas aprendi há tempos que o truque é agitar os braços e jogar os cabelos para os lados [que nem balada de propaganda de shampoo, já perceberam?] .

Mas o que me seduz é fazer música. Se eu vejo uma bateria, minhas mãos ficam nervosas até pegar o par de baquetas e espancá-la com o máximo de furor que um ser humano pode ter por um instrumento musical. Se eu vejo um baixo, toco-o como se a minha alma estivesse na ponta dos meus dedos, em cada linha harmônica. Quando vejo um piano, é como se uma cortina de emoções se abrisse na minha rente, e eu tivesse a chance de tocar todas elas por um instante, da melancolia à paixão faiscante.

Mas a guitarra que exerce um domínio inexplicável sobre mim, desde criança, quando via a guitarra da igreja ser tocada nos cultos e pensava 'esse é o amor da minha vida '. A guitarra foi meu primeiro amor. Me apliquei com todo o meu ser pra aprender a fazer os acordes no meu violão Di Giorgio Estudante 18, que hoje descansa em um lugar feliz, que Deus o tenha. Tentei aprender em igrejas alheias e depois na igreja onde eu congrego, com um muquirana chamado Manassés Nascimento - não confie em nenhum músico com esse nome, fica a dica da Isis - , até encontrar o caminho para o amor nas revistas de método, que me levaram à satisfação temporária. Aprendi a tocar com 12 anos, e com 13 já tocava na igreja, coisa que faço até hoje. E, como todo grande amor, sou muito feliz com a guitarra, mas às vezes me estresso seriamente com ela, e tenho vontade de largá-la, mas as suas cordas suaves me fazem lembrar de todo esse sentimento que nutro por ela, pura e intensamente, até hoje.

Não sou evangélica, nem protestante, sou simplesmente CRISTÃ; por plena opção. Odeio esses rótulos que dão para as pessoas que seguem as doutrinas de Jesus, rótulos me irritam, até os dos vidros de milho em conserva, arranco todos eles. Ninguém me obriga a nada, só acho que Jesus foi um cara incrível, I N C R Í V E L mesmo, e ... ele morreu por um bando de gente ingrata que até fala que Ele nunca existiu... Um cara que fez isso e espalhou palavras de amor num local onde honra e sangue andavam lado a lado [andam até hoje] merece DEMAIS o meu respeito. Ah é, e tem a parte que Ele é... filho de Deus, e ressuscitou, né ?! O que eu acho mais legal no Cristianismo é que Deus não é aquele cara malvadão que te pune toda vez que cê faz uma coisa errada, Ele é amor, Ele perdoa, Ele ensina coisas pra gente, mesmo que às vezes a gente se revolte contra Ele e ache que o jeito que Ele ensine é muito doloroso... Mas é válido, sim. Tudo acontece por um motivo, eu já disse. Não gosto de cristianismo prefabricado, do tipo de gente que se acha muito santa e que acha que o resto do mundo é um bando de errados... só que eles se esquecem que, partindo do próprio princípio destes, hipocrisia também é pecado, então são tão errados como nós, reles humanos.

Acredito na fé, mas não acredito em gente que se aproveita da ingenuidade das pessoas para fazê-las de otárias, isso é manipulação cerebral, e pra fins errado é uma babaquice.

É...Não vou dizer que não é digno porque eu AMO psicologia, e essa é uma das partes que mais me instiga... a manipulação da mente humana. Faço experimentos bizarros nas pessoas pra testar as reações delas, minha amiga Larissa Lima se irrita DEMAIS quando eu testo minhas teorias com ela, uma vez que com ela quase sempre dão certo... Mas eu tenho outras cobaias por aí, incluindo minha própria mãe. Não sou um gênio, nem uma doente, mas me interesso profundamente nesse tipo de coisa.

ENFIM,

Gosto de pizza de frango com catupiry, meu refrigerante favorito é Coca-Cola, minhas cores favoritas são azul, vermelho e preto, sou capitalista convicta [o lucro me instiga], não acredito que o Brasil possa se tornar um país socialista, sou apolítica porque todos os 'caras' [direita, esquerda e centro] são farinha do mesmo saco furado, já comi Mentos bebendo Coca-Cola e não vomitei,nem golfei, nem nada. Bebo café desde os seis anos de idade, e essa é a minha bebida favorita. Prefiro água mineral com gás e roo as unhas compulsivamente. Meu cabelo tem vontade própria, a chapinha não pega e, quando pega, o meu cabelo fica muito tenso liso; gosto demais dos meus cachos, mas tenho vontade de pôr dreadlocks só pra ver como fica... só vontade.

Ah, amo praia e até o momento nunca fui ao Cristo Redentor... Que bela carioca que sou.

E eu sou uma tagarela. Jura ?!

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Síndrome de Quasímodo

Isis Cardoso terça-feira, 3 de agosto de 2010
Primeiramente, Oi.

Sim, eu estou escrevendo uma síndrome, você não tá no Rímel .

Sabe quando você acorda, sua cabeça doi, suas acnes parecem milhares de flocos na sua pele, você tá com mais olheiras que um panda e , pra ' melhorar ' , seu cabelo não está te favorecendo em nadinha?! E nesse mesmo dia , todos te olham como se você tivesse uma doença terminal contagiosa pelo ar ?

Aí você se sente o pior ser humano do mundo (ou abaixo de ser humano, até mesmo pensa ser um desastre evolutivo [se você crer nas teorias do Chuck - Sim, Chuck Darwin, conhece?] ) e pensa frequentemente "Move to Acre" até parecer uma pessoa ... Sim, baby, é seu dia de Quasímodo .

Tá, além de não conhecer o Chuck, formalmente Charles Darwin, pai do evolucionismo, você também nunca ouviu falar do Quasí ? Já te apresento !

Pra quem nunca leu " O Corcunda de Notre Dame", do autor Victor Hugo (sim, porque o desenho QUASE NADA tem a ver com o livro. ) , Quasímodo é o tal corcunda do título, que tinha também (pra ' melhorar ' ) uma verruga no olho direito que não deixava ele ver quase nada com esse olho e grau de beleza -1.
Ele foi abandonado pela mãe or ser muito feio e deixado na porta da catedral de Notre Dame e, desde então, foi cuidado pelo arcediago (ou arcebispo, nas versões simplificadas) D.Claude Frollo. Ele tinha casa, comida e roupa lavada por lá, desde que tocasse os sinos da catedral (que deixaram-no surdo) e não fosse à rua.

Esse é Quasí, o sineiro.

Até que um dia ele se dislumbra com o Carnaval, foi pra rua, curtiu, foi coroado o "rei dos tolos" por Clopin, o rei dos ladrões, e depois ... Ah, leiam. Não vou fazer Spoilers, eu gosto DEMAIS desse livro, ainda mais porque não tem o típico final " Felizes Para Sempre ". LEIAM, LEIAM, LEIAM !

Hm... e o ponto em que eu queria chegar?

Quando você estiver se sentindo assim, uma pessoa horrenda e rejeitada, lembre-se:


VOCÊ NÃO É UM QUASE.

Se necessário, repita isso pro espelho até você acreditar nisso . E... um dia vem depois que o outro vai embora, meu bem. No dia seguinte, tudo vai estar lindo e absoluto na sua vida.

Mais uma vez parafraseando a migs Isis Oliveira ...
"NÃO HÁ NADA DE ERRADO COM VOCÊ . "

Todos temos nosso dia de síndrome de Quasímodo, mas a chave é não deixar isso te abater, senão você vai virar uma pessoa amargurada, feia por dentro e rejeitada por si mesma, o que é deve ser a pior sensação do mundo. Confia em mim , eu já passei por isso e superei .

Dosador

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