Quanto tempo eu não entro aqui, não é? Bem... Depois de quase oito anos, vários posts (alguns bobos demais para continuarem por aqui), listas, reflexões, bads e até mesmo algumas ideias de alguém entre o fim da adolescência e as primeiras engatilhadas da vida adulta... Eu resolvi fechar o blog.
Primeiro porque eu não dei sequência a coisas que eu deixei em aberto há anos e nem iria. Não vou ser desonesta e dizer que vou dar continuidade porque não vou, isso é um fato. Segundo porque, atualmente, o Facebook dá uma abrangência maior caso eu queira postar textos e afins. Por concluinte, a gente sempre tem que saber a hora de dizer adeus, e esse é o meu adeus deste site que me gerou momentos muito preciosos (desde quando eu tinha que escrever o texto em casa, pôr num pendrive e postar aqui até este texto, que está sendo escrito no meu celular e postado do conforto do meu sofá) que eu vou levar pra sempre.
Pra quem eu conheci aqui, pra quem eu já troquei ideia aqui, pra todo mundo que já parou pra dar uma olhada nas minhas tolas e pretensiosas crônicas sobre a vida... Muito obrigada. Vocês foram incríveis, até quando eu quis ser vlogger ou quando eu escrevi em internetês. Eu aprecio vocês demais.
Obrigada por tudo. Eu ainda vou postar um ou outro poema mequetrefe e pretensioso no Existo, Penso & Escrevo . Sim, isso é um adeus.
Com amor,
Isis Cardoso.
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(dica pré-post: leia ouvindo Talking To The Moon, do Bruno Mars)
Eu sumi de novo, é. Eu nem sabia que ia voltar de novo um dia, mas é também.
Mas eu escrevi uma coisa que é tão a cara de quando eu punha a cara aqui que não resisti e resolvi postar. Mesmo que ninguém veja, ou uma pessoa só. Tanto faz. De qualquer forma, é bom me sentir em casa.
Amor pós-moderno e outras desconvenções
Eu sumi de novo, é. Eu nem sabia que ia voltar de novo um dia, mas é também.
Mas eu escrevi uma coisa que é tão a cara de quando eu punha a cara aqui que não resisti e resolvi postar. Mesmo que ninguém veja, ou uma pessoa só. Tanto faz. De qualquer forma, é bom me sentir em casa.
Ah, os tempos em que vivemos... Em um mundo em que a vida
sem rótulos é uma utopia e todas as barreiras clamam para ser derrubadas,
lida-se com um dilema de uma essencialidade universal da vida: o amor. Amamos
de todas as maneiras, em todos os sentidos, mas as permanências de nosso
pensamento ainda nos fazem julgar certos modelos de relação.
Queremos um mundo que transcenda a cor da pele, o credo da
mente, a religião, a ideologia política, o sexo, o gênero (já convencionado em
nossa sociedade como independente do sexo), a normatização de número de
parceiros e até mesmo a distância, afinal, se trata de um mundo globalizado
este em que vivemos, não é? O século XXI, o ponto mais crescente da produção do
ser humano, onde a escala fordista assume até mesmo as produções intelectuais e
as aquisições de ideologias com o mínimo de pesquisa e o máximo de informações.
Fala-se muito em lutas de minorias, relações livres, poliamores,
interracialismo – apesar de muito controverso e debatido – próximos a tabus do
mundo contemporâneo como a apropriação cultural, a solidão transgênera e até
mesmo o amor à distância.
Não cito as outras causas por algumas não ter lugar de fala
em algumas e ainda ter formações de opinião em outras, ou seja, não quero me
propor a equívocos. Escrevo do pouco que sei. Talvez com uma certa arrogância
historiográfica adquirida na graduação – que, por sinal, é a classe mais
subalterna da academia. Entretanto, sem academicismos e mais do que interessa:
Qual a grande coisa do amor pós-moderno?
“Ah, mas perto de rLi[1],
relacionamento à distância é moleza. Ninguém julga esse tipo de coisa hoje em
dia, a globalização facilita muitas coisas” ENGANO SEU, interlocutor que pode –
ou, mais provavelmente, pode ser imaginário – estar lendo este conglomerado de
palavras. A globalização é real, está diante dos nossos olhos e permeando todo
o nosso cotidiano, mas ainda assim, ainda é uma problemática falar de amor à
distância. Você pode ter amigos à distância (sim, perfeitamente!), mas até eles
vão tentar te dissuadir de se encantar cada vez mais profundamente e, por fim,
se apaixonar por alguém que está à milhas de distância do sofazinho cor de
esmalte nude encardido no qual você ouve canções de amor e olha o sorriso da
pessoa amada na tela plana que está no seu colo... Nada disso. Logo jogam em
face o cerne sexual da questão, o menor dos cafunés ou a falta de abraçar,
sentir o cheiro da pele ou a respiração no seu rosto antes de um beijo
apaixonado. “Você não pode, amor tem que ter contato”, “Você não pode, você tem
que estar perto” dentre outras coisas. Amizade super pode, mas amor globalizado
na era da globalização é um tabu maior até mesmo que o próprio sexo e suas
colocações sociais.
Já disse David Bowie que “Deus e o homem não acreditam no
amor moderno”[2],
mas... o que será do amor pós-moderno neste mundo-cão onde a informação é para
todos mas ninguém é de ninguém? Será a maior libertação de nosso tempo o ato
revolucionário de se prender a algo tão abstrato e não-empírico que o amor pela
certeza única do amor, mesmo que em um deslocamento espacial maior do que o
capital pode cobrir? Será o amor pós-modernos o último dos paradigmas ou é só a
distância mesmo?
Eu sei lá, cara. Teleologia é muito marxista para mim.
Talvez um dia eu volte aqui mais uma vez, mas ainda não sei.
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Unicórnios e outras coisas maravilhosas
Eu sumi de novo daqui, sim, eu sou a dona de blogger mais insolente da internet (tanto que nem fiz a quarta análise de 2012, mas agora já passou), mas devo dizer que este ano já está um tanto diferente do que eu esperava... Mas parte dele para melhor, sim.
Eu estava tentando, sim, ser uma pessoa melhor e mais sensata, mas isso não estava me fazendo muito bem... Então, resolvi mandar todas essas convicções da vida adulta um pouco de lado e correr na frente de um sonho que quem acompanha não apenas este blog como a minha vida sabe muito bem: a música.
Mas eu não poderia crescer nisso sozinha. Eu sempre precisei de apoio, de braços que me erguessem, de complementos, de personalidades que junto comigo se tornassem uma coisa só.
Em Agosto ou Setembro, não me recordo ao certo agora, eu conheci a primeira parte desta quest: Thais Lima. A gente se conheceu na zueira, ela mora perto de mim e foi uma questão de tempo até a amizade ir além do site do pássaro azul e se tornar algo real, com direito a frases e até mesmo olhares só nossos. Assim que descobri que Thais tocava bateria, houve um desejo de fazer uma banda com mais duas gurias, a Artista Desconhecido (com Paulie Rodrigues e Carol Oliveira), mas devido ao fato de as outras duas morarem muito longe, congelamos este projeto e planejamos um "projeto paralelo"
Em Novembro de 2012, conheci Rita Valentim em um evento ao qual só fui por querer assistir meu professor de violão em performance. Se ela não tivesse puxado assunto, continuaria apenas tendo um projeto ou talvez nem tivesse chegado perto de nascer algo a mais daí. Em Dezembro, Thais (ou xis) e Rita se conheceram e, em dois meses, nos tornamos a formação original da Unicórnio Maravilha. Com um misto de trabalho e zueira, lançamos nosso primeiro EP chamado "Está Morto O Movimento Hipster" no dia 7 de maio de 2013, iniciando algo novo e com diversas possibilidades.
Estar numa banda, por mais glamouroso que pareça, é quase como um emprego comum (a diferença é que inicialmente, numa banda, você paga para trabalhar e não sabe qual será sua compensação). Passar dias da semana resolvendo assuntos corporativos, mas também rindo, comendo e tendo umas horas legais no dia tem sido a coisa mais incrível dos últimos meses na minha vida.
Cada um que ouve, cada crítica, cada elogio, cada homenagem dos amigos que gostam das nossas músicas, cada demonstração de afeto do nosso staff (que começou apenas com Suellen Ribeiro -de SP- e Raphaela Trindade -de MG) é uma vitória e eu espero MESMO que cada um se identifique, sorria, seja feliz com a Unicórnio, não importa como a gente fizer.
E como disse Renato Russo, "Aí, então, vamos viver. Temos muito ainda por fazer, o mundo começa agora... Apenas começamos."
Eu estava tentando, sim, ser uma pessoa melhor e mais sensata, mas isso não estava me fazendo muito bem... Então, resolvi mandar todas essas convicções da vida adulta um pouco de lado e correr na frente de um sonho que quem acompanha não apenas este blog como a minha vida sabe muito bem: a música.
Mas eu não poderia crescer nisso sozinha. Eu sempre precisei de apoio, de braços que me erguessem, de complementos, de personalidades que junto comigo se tornassem uma coisa só.
Em Agosto ou Setembro, não me recordo ao certo agora, eu conheci a primeira parte desta quest: Thais Lima. A gente se conheceu na zueira, ela mora perto de mim e foi uma questão de tempo até a amizade ir além do site do pássaro azul e se tornar algo real, com direito a frases e até mesmo olhares só nossos. Assim que descobri que Thais tocava bateria, houve um desejo de fazer uma banda com mais duas gurias, a Artista Desconhecido (com Paulie Rodrigues e Carol Oliveira), mas devido ao fato de as outras duas morarem muito longe, congelamos este projeto e planejamos um "projeto paralelo"
Em Novembro de 2012, conheci Rita Valentim em um evento ao qual só fui por querer assistir meu professor de violão em performance. Se ela não tivesse puxado assunto, continuaria apenas tendo um projeto ou talvez nem tivesse chegado perto de nascer algo a mais daí. Em Dezembro, Thais (ou xis) e Rita se conheceram e, em dois meses, nos tornamos a formação original da Unicórnio Maravilha. Com um misto de trabalho e zueira, lançamos nosso primeiro EP chamado "Está Morto O Movimento Hipster" no dia 7 de maio de 2013, iniciando algo novo e com diversas possibilidades.
Estar numa banda, por mais glamouroso que pareça, é quase como um emprego comum (a diferença é que inicialmente, numa banda, você paga para trabalhar e não sabe qual será sua compensação). Passar dias da semana resolvendo assuntos corporativos, mas também rindo, comendo e tendo umas horas legais no dia tem sido a coisa mais incrível dos últimos meses na minha vida.
Cada um que ouve, cada crítica, cada elogio, cada homenagem dos amigos que gostam das nossas músicas, cada demonstração de afeto do nosso staff (que começou apenas com Suellen Ribeiro -de SP- e Raphaela Trindade -de MG) é uma vitória e eu espero MESMO que cada um se identifique, sorria, seja feliz com a Unicórnio, não importa como a gente fizer.
E como disse Renato Russo, "Aí, então, vamos viver. Temos muito ainda por fazer, o mundo começa agora... Apenas começamos."
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